Campeonato do Nordeste 2010

A partir de amanhã a bola vai rolar pelos gramados Nordestinos, a competição volta após ser cancelada pela CBF em 2004 por falta de datas. O Campeonato de Futebol Profissional do Nordeste – 2010 será promovido e dirigido pela Liga do Nordeste. Participarão do Campeonato  as 15 (quinze) Associações aprovadas pela Liga do Nordeste, relacionadas em ordem alfabética:

ABC FUTEBOL CLUBE
AMÉRICA FUTEBOL CLUBE
ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CONFIANÇA
BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE
CEARÁ SPORTING CLUB
CENTRO SPORTIVO ALAGOANO
CLUBE DE REGATAS BRASIL
CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE
CLUB SPORTIVO SERGIPE
ESPORTE CLUBE BAHIA
ESPORTE CLUBE VITÓRIA
FLUMINENSE DE FEIRA FUTEBOL CLUBE
FORTALEZA ESPORTE CLUBE
SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE
TREZE FUTEBOL CLUBE

* O Sport saiu do campeonato por discordar dos valores que iria receber.

A Competição com 15 (quinze) participantes terá inicio em 09 de junho e término em 1º de dezembro e será realizado em 03 (três) fases, em que os Clubes jogarão, no mínimo, 14 (quatorze) jogos e, no máximo, 16 (dezesseis) jogos. Na primeira fase os Clubes participantes da competição jogarão entre si em um turno único, com os mandos de campo definidos na tabela do campeonato, classificando para a 2ª fase os quatro clubes de melhor classificação.

A fase semifinal da Competição será disputada pelos 04 (quatro) clubes classificados na primeira fase, que jogarão entre si em confronto direto numa partida única, respeitando o seguinte critério: Mando de campo para quem conseguir a melhor campanha, ou seja, primeiro leva vantagem contra o quarto, e o segundo contra o terceiro. O mesmo critério será usado para a final. Caso algum jogo do mata-mata termine empatado, será decidido o vencedor em cobranças de pênaltes.

Critério de desempate:

1. Maior número de vitórias
2. Maior saldo de gols
3. Maior número de gols marcados
4. Menor número de cartões vermelhos recebidos
5. Sorteio público na sede da Liga do Nordeste
   

1° Rodada

Terça dia 08
ABC/RN x América/RN – 21h00 ao vivo na E+I

Quarta dia 09
Treze X Sergipe
CRB x Vitória
Bahia X CSA-AL
Confiança-SE X Botafogo-PB
Fortaleza X Santa Cruz – 21h00 ao vivo na E+I

Quinta dia 10
Náutico x Ceará – 21h00 ao vivo na E+I

Conheça a história do campeonato:

1994

Campeão: Sport
Vice-campeão: CRB
Artilheiro: Fábio (Sport) 5 gols

A competição começou a ser disputada em 1994, sendo ela toda disputada no Estado de Alagoas, única vez que o torneio foi organizado dessa maneira. Dezesseis equipes foram divididas em quatro grupos e em três sedes, Maceió, Arapiraca e Capela. A força da torcida fez a diferença para os times alagoanos. O vice-campeonato do CRB teve a melhor campanha de uma equipe alagoana em oito edições do Campeonato do Nordeste, o CRB perdeu a final para o Sport na disputa por pênaltis. O Cruzeiro de Arapiraca, que só participou daquela edição, terminou na quarta colocação.

1997

Campeão: Vitória
Vice-campeão: Bahia
Artilheiro: Nildo (Ceará) 6 gols

Dois anos sem competição, e em 1997 o certame passou a ser organizado pela CBF, com os clubes entrando pelo critério de merecimento: participavam apenas os melhores classificados nas respectivas competições estaduais. E como prêmio, a entidade máxima do futebol nacional dava ao vencedor do torneio vaga para a Copa Conmebol do mesmo ano.Outra novidade naquele ano foi a fórmula de disputa. Pela primeira vez a fase de grupos foi abolida e os clubes se enfrentavam apenas em “mata mata”. E o futebol baiano começou a mostrar a sua força, e de forma invicta, Bahia e Vitória se enfrentaram na final, e o Leão ganhou de 3×0 na Fonte Nova e perdeu de 2×1 no Barradão, e se tornou campeão. Na Copa Conmebol daquele ano, o Vitória foi eliminado nas quartas de final pelo Lanús, da Argentina, em um placar agregado de 3 a 2.

1998

Campeão: América-RN
Vice-campeão: Vitória
Artilheiro: Paulinho Kobayashi (América-RN) 9 gols

Depois de um ano no “mata mata”, o Campeonato do Nordeste voltava a ser dividido em duas fases, e com novidades. A edição de 1998, trazia as equipes disputando uma fase preliminar com quatro grupos de quatro. Os dois melhores se classificavam para uma nova fase de grupos, com mais dois grupos e quatro equipes cada. Os dois melhores passavam para a finalíssima. Com atuações importantissimas do artilheiro da competição, Paulinho Kobayashi, seis gols, o América-RN surpreendeu a região e garantiu a vaga na decisão com o Vitória. Após perder no Barradão por 2×1, o clube potiguar tinha a obrigação de vencer, e garantiu o título ao derrotar o time baiano por 3 a 1. O América-RN não chegou muito longe na Copa Conmebol daquele ano. A equipe enfrentou o Sampaio Correa nas oitavas de final e logo foi eliminado pelo placar agregado de 3 a 1.

1999

Campeão: Vitória
Vice-campeão: Bahia
Artilheiro: Uéslei (Bahia) 10 gols

Na quarta edição do Campeonato do Nordeste, os organizadores repetiram uma fórmula de disputa. O modelo adotado em 1999 era o mesmo de 1994, primeiro ano do torneio, dividido em fase de grupos e “mata mata”, porém com uma diferença: enquanto naquele ano todos os jogos foram disputados em apenas três sedes, todas em Alagoas, em 1999, cada clube atuava em casa suas partidas quando tinham mando de campo. Mudanças também nos times que disputaram a competição. Juazeiro-BA, Porto-PE, Lagartense-SE, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Ferroviário-CE disputavam a o Campeonato do Nordeste pela primeira e única vez, com exceção do Juazeiro que também disputou a competição em 2000. Apesar das novas equipes, o torneio não teve nenhuma surpresa na primeira fase.

Ao longo do campeonato o Bahia foi ganhando força e se tornando o favorito. Depois de passar de forma invicta na primeira fase, o Tricolor de Aço deixou América-RN, que defendia o título, e ABC para trás. Na final, o reencontro da dupla BA-VI. Era a segunda vez que os times baianos faziam a final do torneio. Apesar do favoritismo, o Bahia acabou na segunda colocação e viu o arquirival comemorar o título na Fonte Nova lotada. O Vitória, campeão de 1999, tinha um time formado por grandes jogadores e que brilharia no Campeonato Brasileiro daquele ano, sendo eliminado na semifinal pelo Atlético-MG.

2001

Campeão: Bahia
Vice-campeão: Sport
Artilheiro: Kuki (Náutico) 12 gols

O Campeonato do Nordeste, que ganhava força a cada ano, começou a estourar nas primeiras edições do século XXI. O principal combustível da competição, a paixão dos torcedores, passou a ser o símbolo comercial do torneio, que foi um sucesso de público e passou a ser conhecido como “O melhor regional do Brasil”. A média de audiência televisiva, em Salvador-BA, durante o campeonato regional foi a maior do país (31 pontos), mostrando o envolvimento da região com a competição.

O regulamento foi alterado mais uma vez. Os dezesseis clubes se enfrentavam e os quatro melhores passavam para a semifinal, mesma fórmula de 2010. Náutico, melhor campanha, e Sport, quarto melhor, fizeram uma semifinal e Bahia, segundo, e Fortaleza, terceiro, fizeram a outra. Apesar da vantagem de jogar no estádio dos Aflitos, o Náutico do artilheiro Kuki (10 gols), não passou pelo Sport e viu o rival pernambucano garantir mais uma vaga na decisão. Do outro lado, o Bahia contou com o apoio da massa tricolor e conseguiu mais uma presença baiana na final.

Os torcedores do Tricolor de Aço lotaram a Fonte Nova no dia 21 de abril de 2001. No total, foram 69.100 pagantes, 100% da capacidade do estádio. Em campo, o Bahia deu show. A equipe ganhou de 3×1 (Preto e Nonato, duas vezes e Leomar para o Sport) e conquistou o primeiro título do clube no Campeonato do Nordeste, garantindo uma vaga na Copa dos Campeões, torneio que reunia os campeões regionais e dos principais estaduais para uma disputa por uma vaga na Libertadores da América.

A lotação máxima na final representou bem o sucesso de público. No total, mais de 800 mil torcedores foram aos estádios nordestinos, o que representou uma média de mais de 10 mil por partidas. Em campo, o futebol também foi de qualidade com 353 gols em 123 jogos, 2,845 por confronto.

2002

Campeão: Bahia
Vice-campeão: Vitória
Artilheiro: Sérgio Alves (Bahia) 13 gols

O sucesso de 2001 aumentou ainda mais em 2002. A torcida abraçou o Campeonato do Nordeste mais uma vez e o torneio teve uma média de público ainda maior: 11,2 mil por partida. A fórmula da competição sofreu uma pequena mudança. As partidas das semifinais e da final passaram a ser disputadas em jogos de ida e volta. Nas semifinais, dois confrontos Bahia x Pernambuco. O melhor do torneio, Vitória (11 vitórias, 2 empates e 2 derrotas), pegou o Santa Cruz-PE e o Bahia jogou com o Náutico. O Tricolor de Aço, na última rodada da primeira fase, conseguiu um resultado histórico: uma goleada de 10 x 2 sobre o Confiança-SE, a maior da história do Campeonato do Nordeste.

Na terceira final entre a dupla Ba-Vi, o Bahia deu o troco no rival. O Leão da Barra tinha a melhor campanha e a vantagem de jogar a segunda partida em casa, porém o Tricolor de Aço fez o resultado que precisava no jogo de ida. Na Fonte Nova com mais de mais de 64 mil torcedores, o Bahia fez 3×1 e colocou a mão na taça. No Barradão, também lotado, o Vitória não passou pela retranca adversária e ficou no 2×2. Bicampeonato e troco na casa do grande rival.

2003

Campeão: Vitória
Vice-campeão: Fluminense de Feira de Santana-BA
Artilheiro: Nadson (Vitória) 5 gols

Depois de milhões de pessoas lotarem os estádios nas Copas do Nordeste de 2001 e 2002, edições que foram mais bem sucedidas, ninguém imaginava que “O melhor regional do Brasil” iria gerar uma crise entre os times participantes e a CBF, e sofrer uma série de boicotes. Coincidêcia ou não, a partir de 2003, os clubes mais tradicionais da região passaram pelos piores momentos de sua história, como a queda do Bahia e do Vitória para a Série C e do Santa Cruz para a Série D. A partir de então o torneio foi extinto e volta somente agora em 2010.

Novamente o formato foi modificado. Os clubes voltaram a se enfrentar em “mata mata”. Clubes de menor expressão, Palmeiras-BA e Corinthians-AL, ganharam o direito de disputar a competição. O Vitória entrou com força máxima, e como era o único “gigante”, era o grande favorito.

A campanha não foi muito complicada. Depois de passar pelo Sergipe por 4 a 0, e vencer as duas partidas do América-RN, o Leão da Barra encontrou mais um baiano na decisão. No jogo de ida, em Feira de Santana, Jean Michael abriu o placar e Nádson, artilheiro da competição com cinco gols, empatou. Como tinha a melhor campanha, o 0×0 no Barradão, o Vitória garantiu o terceiro título do Campeonato do Nordeste.

O torneio foi cancelado em 2004 pela CBF por falta de datas no calendário anual, apesar do notável crescimento e da importância que ganhava no cenário nacional, embora o contrato acertado com os clubes garantisse mais algumas edições. Vários desses clubes processaram a entidade máxima do futebol brasileiro e ganharam a causa. Um acordo foi feito no início de 2010 para a volta do campeonato, com a condição da extinção deste processo. Esse acordo foi aceito.

Informação do site Esporte Interativo.

Até a Próxima.